quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Projeto África e Brasil Africano da EE Tiradentes

Projeto África e Brasil Africano
Disciplinas Envolvidas: História, Arte, Geografia, Língua Portuguesa, Filosofia,Sociologia,Física,Matemática,Biologia,Química.LE,Ed. Física
População – alvo: alunos dos 1ºs e 2ºs anos do Ensino Médio da escola
I-JUSTIFICATIVA
A escola Estadual Tiradentes através das áreas de Ciências Humanas e Linguagens e Códigos, cria o Projeto África e Brasil Africano para atender a solicitação da Lei 10.639/03  que prevê a inclusão do ensino da História e Cultura afro-brasileira no currículo escolar – Sancionada em 09 de janeiro de 2003 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva . 
II- Objetivo Geral: Aproximar os alunos da Escola Estadual Tiradentes da luta pelo reconhecimento dos negros no Brasil, da cultura negra brasileira e da importância do negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil, por meio da produção de uma publicação elaborada por eles para comu­nicar o que foi aprendido.
III- Objetivos específicos:
  •    Refletir, resgatar e valorizar a cultura negra brasileira
·         Respeitar as manifestações das idéias (produções e falas) dos colegas e de outras pessoas.
·         Valorizar os locais de exposição como mais um espaço de aprendizagem.
·         Valorizar as diferentes formas de produção artística e cultural.
·         Saber comunicar de forma organizada e planejada aquilo que aprendeu.

O eixo temático Brasil Africano e Africanidades tem seus respectivos sub-temas, em torno dos quais se desenvolve todo o trabalho ,são resultantes de construção coletiva de alunos e professores, a partir de uma discussão que já tenha sido trazida pelo grupo, que ganha espaço e se torna um foco de estudo,ensaio,debate  ,que culmina na apresentação e exposição pública dos resultados.

Avaliação do projeto
Formas de avaliação
A avaliação do projeto é processual, iniciando pela discussão para a escolha do sub-tema à culminância do projeto.
Há duas fichas avaliativas, uma para avaliar atividades de palco e outra para avaliar atividades de pesquisa com apresentação em stands.Cada item recebe um valor em pontos que vai de 0,0 a 1,0 pontos.Os pontos são comuns às disciplinas que participaram do projeto.
Obs. O professor responsável pela turma acompanha todo o processo e ao final, socializa entre os colegas a média atribuída aos alunos.
Constituem  itens observáveis nas fichas:
1-Atividades de palco
1-Elaboração do roteiro, 2-Engajamento do grupo, 3-Qualidade do material produzido (cenário, figurino), 4-Criatividade  e Qualidade na apresentação 5-Coerência no relatório.  6-Montagem e desmontagem do material e equipamentos.
 2- Atividades de pesquisa(stands):
1-Desenvolvimento da pesquisa, 2-Qualidade do material produzido,3-Engajamento e
Capacidade de trabalhar em grupo,4-Atendimento ao publico, 5-Clareza das informações

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
OBJETIVOS
Fichas de acompanhamento individual
Conhecer e acompanhar os avanços
pessoais, relacionais e superações
cognitivas.
Relatos DOS ALUNOS, professores e pais.
Dimensionar o envolvimento, interesse
e desenvolvimento das crianças
e adolescentes quanto às estratégias
pedagógicas propostas.
Lista de freqüência e pontualidade
Pontuar a assiduidade Dos alunos no projeto
Auto-avaliação dos alunos
Avaliar o desenvolvimento do trabalho do Projeto













Projeto Político e Pedagógico: moda, exigência ou tomada de consciência?

Projeto Político Pedagógico: moda, exigência ou tomada de consciência?

Edmerson dos Santos Reis


      Pensar um projeto de educação implica pensar o tipo e qualidade de escola, a concepção de homem e de sociedade que se pretende construir.
      Ultimamente temos observado uma correria enorme por parte de escolas e sistemas educacionais na busca da construção de seus projetos políticos pedagógicos. As discussões vão desde a importância de um projeto para escola até mesmo a louca corrida pela execução da antiga pedagogia de projetos, mas só agora descoberta por algumas autoridades da educação que a todo custo, mais uma vez tentam às pressas implantá-la, como se esta fosse novamente o ovo de Colombo da educação brasileira, que no decorrer da sua história já descobriu outros ovos que também a todo custo tentaram empurrá-los garganta a dentro dos professores.
      Já estamos cansados de compreender que as mudanças na educação dependem fundamentalmente de vontade política, no que diz respeito a encará-la como prioridade nacional – não enquanto lema, mas praticamente – e da vontade e empenho dos professores, que são de fato os responsáveis para no dia-a-dia tornar em prática os projetos e concepções de educação que sempre foi idealizado por alguns e não por eles, o que contribui para que tenhamos tantas propostas interessantes no papel, mas que no fazer pedagógico se mantém a uma distância enorme do idealizado.
      As nossas escolas num sentido amplo e os dirigentes políticos, poucos se preocupavam com a existência de um projeto político pedagógico, já que a nossa educação ao logo do tempo, salvo raras exceções, sempre foi um dos caminhos mais fáceis para se praticar os desvios de recursos para outros setores e em muitos casos para o enriquecimento ilícito, o que nos surpreende essa busca geral em que se encontram os sistemas de ensino para concretizarem os seus projetos.
      A necessidade de um projeto político pedagógico na escola antecede a qualquer decisão política ou exigência legal, já que enquanto educadores e enquanto membros da instituição escola, devemos ter claro a que horizonte pretendemos chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário não estaremos exercendo o nosso papel de educador, mas simplesmente de "aventureiro", que não sabe onde quer chegar.
      Como na educação a moda é uma constante, principalmente por parte daqueles que na verdade ficam esperando um pacote pronto de técnicas e métodos de ensino, em vez de buscarem desenvolver a criatividade e na prática irem recriando a sua própria prática pedagógica, questiono: será mais uma moda? Será que a educação "entenda-se educadores e dirigentes dos sistemas educacionais" acordaram e resolveram de fato assumirem o pacto pela qualidade da educação? Ou será apenas mais uma corrida para que cumpramos mais uma vez as exigência legais e dos acordos internacionais? Será que cada escola vai assumir ou ter apenas um projeto escrito? Ou continuaremos com as mesmas e velhas práticas autoritárias e alienantes dos nossos alunos e no dia seguinte, com o peito aberto sairmos profetizando a mudança, pregando a demagogia e falando de formação para a cidadania e para o viver da democracia?
      Claramente, não acredito nas mudanças da educação quando elas acontecem de cima para baixo. Se a escola é fruto da sociedade, é conseqüência dos saberes construídos socialmente, culturalmente, subjetivamente pelas pessoas que estão fora e dentro da escola, como podemos pensar em mudanças a partir daqueles que não estão diretamente ligados a esta realidade. Alunos, professores, comunidades, não podem figurar apenas nos papéis e nas propostas, devem fazer parte do sistema de reformulação do pensar a educação e a escola.
      Sendo assim, a mola principal das mudanças, é a postura e crença do educador num repensar a educação e a sua própria caminhada, senão, como já disse ex Ministro da Educação Carlos Chiarelli em 1992 "os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e o governo finge que controla", quando na verdade deveríamos assumir o papel de educador, para tentarmos envolver e empolgar a sociedade a lutar por uma educação mais real, digna de um país de 500 anos de "descobrimento".



Para referência desta página:
REIS, Edmerson dos Santos. Projeto Político Pedagógico: moda, exigência ou tomada de consciência?.
In.: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, 2001.

Proposta para trabalhar o texto base sobre prevenção e combate à corrupção que ocorrerá na EE Tiradentes, no dia 07/12/12

Proposta :
Objetivo: instrumentalizar  alunos e professores para a discussão do tema

Dividir a turma em 8 grupos de 5 ou 4 alunos, distribuir-lhes um sub-tema para ser lido e discutido no grupo e apresentado para a turma,através de música, paródia, teatro, desenho, cartazes,charges, slides, poesia, etc...
Antes da apresentação do grupo, identificar o item envolvido no grande tema.
Os professores selecionarão o melhor trabalho, que concorrerá na sua categoria, durante a apresentação no auditório da escola, p serem eleitos os que irão apresentar-se no SESC,dia 09/12/12.
Obs. A escola estará se apresentando com essas atividades no dia 09/12/2012 no SESC Araxá durante uma Ação Social, promovida por vários órgãos do Estado em parceria com o SESC,SENAC,ETC.. .Os grupos vencedores serão premiados.
Grupo 1-O que é corrupção? corrupção grave e corrupção sistêmica;
Grupo 2-Corrupção cultural e diagnóstico
Grupo 4-Ranking da confiança .....em parceria
Grupo 5 Quadro da saúde e da educação
Grupo 6-Mudança de paradigma
Grupo 7-Impunidade
Grupo 8-Sugestões para prevenir e combater a corrupção ... já avançamos

Debate Acadêmico sobre Prevenção e Combate à Corrupção

Texto de apoio extraído do documento discutido no Fórum Paraibano de combate à corrupção

Autor: Fábio George Cruz da Nóbrega
Procurador Regional da República

CORRUPÇÃO GRAVE
A economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, de 1% a 4% do PIB (FGV). Isso equivale, anualmente, a um valor mínimo de 30 bilhões de reais. A Secretaria de Direito Econômico, em 2007, estimou que R$ 20 bilhões seria o dano no Brasil, somente com as licitações viciadas (combinação, cartel, fraude). Estimativas feitas pelos órgãos de fiscalização somente com base nos recursos movimentados pelas prefeituras (cerca de R$ 120 bilhões, ao ano), indicam índice próximo de 25% de desvios em áreas prioritárias como saúde e educação. Só para comparar: o Bolsa Família (gasto em 2008 de 10,3 bilhões); Orçamento da União na área de saúde em 2008 (49 bilhões). A redução de apenas 10% no nível de corrupção no país aumentaria em 50% a renda per capita dos brasileiros, dentro de 25 anos (FGV).

CORRUPÇÃO SISTÊMICA
Segundo a CGU, 03 em 04 Prefeituras fiscalizadas (75%) apresentam irregularidades graves e médias, evidenciando a existência de indícios de desvios de recursos públicos federais (1.341 Municípios fiscalizados nos 05 últimos anos). Somente em 01 escândalo (sanguessuga), 10% dos municípios brasileiros (mais de 500) estavam envolvidos.O Brasil ocupa o 75º lugar na escala mundial de corrupção, dentre 180 países pesquisados, com uma nota 3,7 (igual a Colômbia, Peru e Suriname), numa escala de 0 (ruim) a 10 (boa). A maior nota é 9,4 (Nova Zelândia).
No IDH (PNUD), o Brasil ocupa a posição de nº 75 (9º lugar na América Latina) com o índice 0,813 (o maior é 1), dentre 182 países pesquisados.

CORRUPÇÃO CULTURAL
1. IBOPE (2006): a maioria dos brasileiros costuma condenar a corrupção, mas tem um comportamento nada aceitável nos seus atos do dia-a-dia, menosprezando valores como honestidade e ética e se apegando ao "jeitinho brasileiro”: 75% afirmaram que cometeriam atos de corrupção se tivessem oportunidade de fazê-lo; 59% afirmaram que, se fossem autoridades, contratariam familiares ou amigos para cargos de confiança; 43% disseram que aproveitariam viagens oficiais para lazer próprio e dos familiares. DATA FOLHA (2009): 36% dos ouvidos já pagaram propina; 27% receberam troco a mais e não devolveram, 68% compraram produtos piratas.
2. AMB (2008): Para 61%, a maioria das pessoas que conhecem aceitariam votar em troca de vantagens pessoais. DATAFOLHA (2009): 79% acreditam que os eleitores vendem seus votos; 13% dos ouvidos admitem já ter trocado o voto por emprego, dinheiro ou presente. Esse índice chega a 19% nas regiões nordeste e norte/centro-oeste.
3. VOX POPULI (2008). Apenas 4% dos brasileiros afirmaram que confiam na maioria das pessoas que conhecem.
4. UNB (2008): A população brasileira ainda não aprendeu a separar o público do privado. 50,3% dos brasileiros afirmaram que contratariam parentes se fossem servidores públicos. 28,1% afirmaram que utilizariam cartões corporativos com despesas pessoais. 19,9% disseram que levariam material escolar do trabalho para casa e outros 44,3% pediriam autorização ao chefe antes de fazê-lo. No caso dos servidores públicos, 22,5% admitiu já ter desobedecido alguma lei. Outros 18,1% confessaram ter
cobrado propina para atender alguma reinvidicação legítima dos cidadãos.
5. UNIVERSIDADE DE PORTO (2007): Pesquisa demonstrou que nos países onde há mais alunos que colam (copiam) há também mais corrupção. DATAFOLHA (2009): 31% dos entrevistados colaram em provas ou concursos, sendo que 49% entre os jovens.
6. BRASMARKET (2006): Pesquisa apontou que para cada 4 grupos de pais que afirmaram que criariam seus filhos para serem espertos e sonegadores, 2 disseram que os criaria para serem honestos.

DIAGNÓSTICO
Como no Brasil a corrupção é endêmica, ou seja, não está localizada em uma região ou em pontos determinados do território nacional, não se concentra em certos setores, serviços ou órgãos públicos, mas sim atinge todo o tecido social, todo o espectro político, todas as instâncias de poder, como vêm demonstrando as operações realizadas pela Polícia Federal, não é difícil perceber, nesse quadro, que medidas pontuais/localizadas ou mudanças legislativas específicas não vão conseguir alterar substancialmente essa triste realidade, minimizando o impacto estrondoso que a corrupção causa em nosso país.
Somente uma ampla mobilização nacional, um plano estratégico de combate à corrupção de longo prazo, que envolva o setor público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, com um trabalho também fortemente centrado na educação, pode fazer a diferença.

RANKING DA CONFIANÇA
AMB (2007): 85% DOS BRASILEIROS ACHAM QUE É POSSÍVEL COMBATER A CORRUPÇÃO E APONTAM AS INSTITUIÇÕES MAIS RELEVANTES NESSA MISSÃO:
1. POLÍCIA FEDERAL: 25%;
2. MINISTÉRIO PÚBLICO: 22,8%.
3. SOCIEDADE CIVIL: 12,9%.
4. PODER JUDICIÁRIO: 9,7%.
5. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: 5%.
6. CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO:
4,8%.
SEM PARCERIA NÃO SE VAI A LUGAR NENHUM
Há que se desenvolver canais permanentes de diálogo e parceria com todos os órgãos que têm atribuições de repasse, acompanhamento, investigação sobre a aplicação de recursos públicos, além de repressão às irregularidades praticadas, buscando o comprometimento de todos na prestação de auxílio mútuo para a rápida conclusão das investigações abertas para apurar desvios de dinheiro público.

SAÚDE - QUADRO
O investimento do Brasil na saúde é de cerca de 8,0% do PIB, sendo que o  investimento público, envolvendo as 03 esferas de governo (União com 47%, Estados com 26% e Municípios com 27%), importa em 3,9% do PIB, apesar de atender a 75% da população, enquanto que o investimento privado é maior, atendendo a 25% da população. O investimento público, per capita (por habitante), no Brasíl é de cerca de 2 reais por dia, sendo metade do que se investe na Argentina e no Chile, por exemplo, e apenas um pouco superior ao investimento mínimo recomendado pela OMS (que seria de 500 dólares). Além disso, os dados da CGU indicam que a saúde é a recordista de desvios no país (613 milhões detectados de 2003 até 2007). Somente nos 1.341 municípios fiscalizados pela CGU, por sorteio, 426 milhões de reais, dos 1 bilhão e 600 milhões repassados pela União, desapareceram, o que corresponde a mais de 25% de desvio sobre os valores repassados.

EDUCAÇÃO – QUADRO O investimento do Brasil na educação alcança 4,0% do PIB, índice similar ao constatado no Chile e na Argentina e muito próximo do alcançado em países europeus como a Espanha (4,5%) e a Alemanha (4,6%). Com a implementação completa do FUNDEB, o investimento público na área deve chegar a 4,2%. O parâmetro será insuficiente ainda para garantir a apregoada universalização do ensino no país, já que apesar do índice superior a 95% quanto aos alunos matriculados do ensino fundamental (07 a 14 anos), nem metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 chega ao ensino médio e apenas 10% dos jovens entre 18 e 24 anos alcançam as   universidades. Os desvios de recursos na área só são menores do que os verificados na saúde. Os dados da CGU apontam que, de 2003 a 2007, a educação é o segundo setor onde foram detectados mais desvios de recursos federais (471 milhões de reais).

MUDANÇA DE PARADIGMA DE ATUAÇÃO
Obs.Pesquisar o que é paradigma.

Atualmente: sem monitoramento adequado dos recursos repassados - deficiência de controle interno, especialmente nas áreas de educação e saúde, e de controle social - ocorrem desvios significativos (não são exceção). Os órgãos apuram as irregularidades no varejo, uma a uma, de forma isolada e em sequência, por anos a fio, com foco nas irregularidades específicas apontadas, sem intervir, de fato, no fenômeno existente, e com olhos voltados para a punição do gestor e a Recuperação do dinheiro desviado. A efetividade do sistema de combate a corrupção é mínima (morosidade na apuração, morosidade judicial, com índices insatisfatórios de punição criminal e recuperação do dinheiro desviado). Resultado: o Crime compensa. O sistema judicial que não funciona com a previsão de 04 instâncias de julgamento para as ações criminais que intencionam responsabilizar os gestores desonestos e os demais responsáveis por práticas de corrupção, além dos HC’S sucessivos que são aceitos no país, com a quebra, inclusive, da súmula 691 do STF, acarretando o trânsito em julgado de decisões condenatórias em período médio de 10 anos, com vedação ainda da execução provisória da pena (o que confere a marca, excepcional, de suspensividade nos recursos especial e extraordinário). Segundo pesquisa AMB (2007), 86% dos juízes brasileiros destacam a morosidade do poder judiciário como a principal Causa de impunidade no país. Piora com o foro privilegiado o STF nunca, em sua história, condenou qualquer agente político que goza de foro especial na mais alta corte do país (deputados, senadores, ministros De estado, etc).TJ Pará: 400 denúncias foram apresentadas pelo MP contra prefeitos nos últimos 08 anos. Apenas resultou em uma condenação. O único prefeito condenado foi o do município de Bujaru, a 03 anos de reclusão, por desvio de recursos públicos, em regime aberto. Obs: AMB (2007) - 85% dos brasileiros repudiam o foro privilegiado.

Impunidade
A realidade das operações especiais da polícia federal: nas 80 operações de maior repercussão nos últimos 05 anos, só em 01 caso não houve denúncia do MPF (dossiê Vedoin). A grande maioria dos processos se arrasta na justiça. De 2003 até julho de 2008, a pf realizou 590 operações no pais (216 corrupção e sonegação fiscal). Essas ações levaram 9.000 pessoas à prisão, dos quais 1.337 eram servidores públicos. Pouquíssimos continuam presos, como o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, preso na operação anaconda, em 2003, e o chinês Law Kin Chong, que apesar de ser apontado como o maior contrabandista do país já saiu e voltou da prisão 03 vezes, desde junho de 2004. Ressarcimento ao erário o TCU determinou, entre 2003 e 2007, que administradores públicos devolvessem mais de 3 bilhões desviados do tesouro nacional, mas só conseguiu recuperar 27 milhões (menos de 1%). Nos 05 anos, mais de 5.600 processos foram julgados e 7.798 gestores responsabilizados. A AGU, por sua vez, executando os acórdãos do TCU tem índice similar de recuperação (1%). No MP, não há estatística sobre o resultado das ações por ele promovidas (bloqueio, sequestro e arresto de bens). De qualquer forma,essa recuperação, no total, não deve ultrapassar os 5%. Preventivamente, analisando editais de licitação e convênios, o tcu conseguiu evitar, nos 02 últimos anos, 13 bilhões de prejuízo à união mudança de paradigma de atuação onde queremos chegar: com um monitoramento satisfatório dos repasses de recursos, boa parte das irregularidades é evitada ou mesmo detectada no seu início, com adoção de ações imediatas com vistas à cessação das irregularidades e ao resguardo do erário público. Os órgãos apuram as irregularidades no atacado, com uma visão de sistema, visando evitar novas ocorrências similares. A punição do gestor é buscada, no varejo, sem a necessidade das várias instâncias estanques de apuração (processo administrativo, CGU, TCU, PF E MPF). A efetividade do sistema de combate a corrupção é por demais otimizada.

Sugestões para o combate à corrupção no Estado da Paraíba que podem servir para outros Estados.
1ª. CAMPANHA
A campanha objetivou mostrar à população a intensa gravidade do problema da corrupção no Brasil. E, a partir desse reconhecimento, estimular a participação da sociedade na fiscalização do dinheiro público na Paraíba, em especial através da apresentação de denúncias a respeito das irregularidades detectadas nas mais diversas regiões e municípios do Estado, através dos canais de disque denúncia criados.

2ª. CAMPANHA
Por causa dos disseminados esquemas de desvios de recursos na educação, muitas crianças pobres, que poderiam quebrar esse ciclo de ignorância, pobreza, analfabetismo, passado de geração a geração, com um estudo de qualidade, estão sem merenda escolar, sem material didático, sem transporte gratuito, sem fardamento escolar, sem professores bem pagos e estimulados, num processo, por assim, dizer, de completa negação da cidadania.

EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
A idéia é levar às crianças e adolescentes, nas escolas, desde o início dos seus estudos, a conhecer o fenômeno da corrupção e as suas terríveis consequências, em especial na vida das pessoas mais pobres, levando-os a uma atitude de menos tolerância com essas práticas e de maior envolvimento com a sua prevenção e repressão. O principal projeto em curso, idealizado pelo Ministério Público Estadual, está sendo implementado nas escolas públicas e privadas de vários Estados do nordeste. A CGU, por sua vez, está desenvolvendo um concurso de redação e desenho nas escolas públicas sobre o mesmo tema.

PRECISAMOS DE UMA AMPLA REFORMA POLÍTICA E DO ESTADO OBS: PESQUISA AMB 2007 - 95% DOS BRASILEIROS ACHAM IMPORTANTE UMA REFORMA POLÍTICA.
1. REFORMA ELEITORAL: FINANCIAMENTO PÚBLICO EXCLUSIVO NAS CAMPANHAS ELEITORAIS, FIDELIDADE PARTIDÁRIA, CLÁUSULA DE BARREIRA, IMPEDIMENTO DOS CANDIDADOS FICHA SUJA (AMB 2007 - 95% DOS BRASILEIROS ENTENDEM QUE POLÍTICOS PROCESSADOS NÃO PODERIAM PARTICIPAR DA ELEIÇÃO);
2. AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NAS DECISÕES DO GOVERNO (REFERENDO, PLEBISCITO, PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR, RECALL, ORÇAMENTO);
3. MECANISMOS QUE GARANTAM A TOTAL TRANSPARÊNCIA DO PODER PÚBLICO (NÃO HÁ RAZÃO PARA SIGILO/SEGREDO).

4. Emendas parlamentares : Extinção das emendas orçamentárias dos deputados e senadores: um dos mais importantes focos de corrupção no brasil. Realidade já dissecada há 15 anos atrás, com o escândalo do orçamento e a CPI dos anões. Realidade presente em quase todos os escândalos atuais. Diagnóstico produzido pelo TCU no acórdão nº 641/2007 (fraudes generalizadas no sistema). Previsão de emendas individuais de até 12 milhões de reais. Troca de apoio político nas votações pela liberação de tais recursos, que são dirigidos às bases dos parlamentares deixando um rastro de corrupção, favorecimento e desperdício.

5. Abuso nos cargos de confiança: O fim do loteamento político dos órgãos da administração pública direta e indireta.instrumento de barganha política e de captação de aliados e apoio. Somente uma burocracia baseada no mérito, recrutada de forma republicana, pela via Do concurso público, sem privilégios, não composta de amigos, familiares e cabos eleitorais, pode prestar serviço tendo em mira o interesse público e não o dos responsáveis pela sua nomeação. No Brasil, só no governo federal, há mais de 24.000 cargos de indicação política. Nos Estados Unidos são 4.500. Na Inglaterra e na França são menos de 500.

Recomposição da auditoria .

6. É preciso aumentar o número de auditores públicos em nosso país. Só houve o fortalecimento da controladoria geral da união, ainda insuficiente para a adoção de atos de fiscalização de rotina,saindo-se do sorteio e da pequena amostragem. O Brasil ainda é um país pouco auditado/fiscalizado, com 08 auditores por grupo de 100 mil habitantes, o que dá pouco mais de 13 mil auditores (veja 2007). Na Holanda e na Dinamarca existem 100 auditores para cada grupo de 100 mil habitantes. A fiscalização dos órgãos repassadores, em especial na saúde e na educação (FNDE, MEC, FUNASA e DENASUS) é crítica.

7.Composição dos tribunais de contas : A atual composição dos tribunais de contas não pode persistir. A nomeação majoritária de políticos como conselheiros tem ocasionado consequências manifestamente negativas, criando empecilhos ao funcionamento republicano de tais órgãos.
Necessidade de nomeação de técnicos dos próprios órgãos de contas ou por concurso público. Hoje (folha de São Paulo) dos 189 conselheiros no país, apenas 19 são técnicos, 86 (45%) são ex-deputados estaduais e 14 (7%) são ex-deputados federais. Há ainda 62 ex-secretários de estado, 24 ex-prefeitos e 23 ex-vereadores. Há 10 projetos que mexem com a estrutura e funcionamento dos TC’S tramitando.

8.Nomeações nas cortes superiores e chefias do MP : A interferência dos poderes executivo e legislativo na escolha/nomeação dos membros dos tribunais superiores e das chefias do ministério público também não tem se mostrado salutar para o aperfeiçoamento e garantia da independência
Dessas instâncias. Seria importante que essas decisões estivessem no âmbito exclusivo de apreciação dos próprios integrantes do judiciário e do ministério público.

Democracia em xeque
AMB (2008): 73% dos brasileiros não participam de qualquer tipo de associação humana, de caráter político ou social (sindicatos, organizações não governamentais, grupo de jovens, associação de moradores, associação de pais e mestres, movimentos estudantis, grupo de mães). AMB (2008): se o voto não fosse obrigatório, 38% dos eleitores afirmaram que não participariam do processo eleitoral. Latinobarômetro (2007): o Brasil tem um dos menores índices de apoio popular à democracia (43%) na América Latina (54%).
Ranking da confiança AMB 2008:
 1. Forças armadas (79%);
2. Igreja católica (72%);
3. Polícia federal (70%);
4. Ministério público (60%);
5. Imprensa (58%);
6. Poder judiciário (56%);
7. Sindicatos (55%);
8. Igreja evangélica (53%);
9. Governo federal (52%);
10. Governos estaduais (49%);
11. Prefeituras (47%);
12. Empresários (44%); 13. Assembléias legislativas (39%);
14. Senado federal (33%); 15. Câmara de vereadores (26%); 16. Câmara dos deputados (24%); 17. Partidos políticos (22%).

Já avançamos
Apesar do quadro traçado, estamos avançando (em 1995, o Brasil era considerado o 5º país mais corrupto do mundo pela transparência internacional): maior liberdade e isenção da imprensa; aumento do número das entidades de controle social; maior independência e eficiência da PF, DO MP E DOS TC’S;
Preocupação geral com a agilização da prestação jurisdicional; redução da garantia da imunidade parlamentar; fim do nepotismo; criação do conselho nacional de justiça e do ministério público; maior transparência do governo federal e dos governos estaduais, bem ainda do parlamento federal; criação de movimentos de combate à corrupção nos estados; a ENCCLA; projetos de educação voltados para a infância e juventude
Obrigado
Fábio George Cruz da Nóbrega
Procurador Regional da República

Ministério Público Federal
Recife(PE)
Fone: 81. 3081-9952
E-mail: fabiogeorge@prr5.mpf.gov.br
Sites recomendados:
1.ferramentas importantes da internet no combate À corrupção e na fiscalização da atividade dos Políticos): www.prr5.mpf.gov.br, no campo do fórum Pernambucano de combate à corrupção, item “saiba como fiscalizar”;
2. Estudo aprofundado da corrupção no brasil: Www.veja.com.br/emprofundidade;
Http://noticias.uol.com.br/especiais/corrupçao.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Professor indiano ganha `Nobel da Educação` no Catar

Sergio Pompeu - O Estado de São Paulo - 14/11/2012 - São Paulo, SP
O professor universitário indiano Madhav Chavan recebeu nesta terça-feira, 13, o Prêmio Wise para Educação de 2012, por sua contribuição para a alfabetização de 3 milhões de crianças por ano no seu país. Cofundador da organização não governamental Pratham, o professor é o segundo a receber o Prêmio Wise, criado pelo governo do Catar. Pelo valor e por ter o vencedor anunciado durante a Cúpula Mundial de Inovação em Educação (a sigla em inglês, Wise, também significa sábio), o prêmio tem sido considerado o `Nobel da Educação` pela imprensa internacional.
Apoiada basicamente no trabalho de voluntários, a Pratham se notabilizou pelo baixo custo e pela eficiência em trabalhar com crianças com problemas de aprendizado. Em média, elas começam a ler dois meses depois de entrar no programa. `Já fui criticado por trabalhar com voluntários, mas isso faz parte da nossa cultura, essa noção de que, se você fazer alguma coisa, pode usar isso em benefício dos outros. A visão de que a retribuir é algo para quem já venceu na vida é muito mais ocidental`, disse Chavan.
Filho de um comunista engajado, Chavan, de 58 anos, fez doutorado em Química na Ohio State University e pós-doutorado na Universidade de Houston. Quando voltou dos Estados Unidos, em 1986, virou professor da Universidade de Mumbai. Três anos depois, passou a acumular as aulas na universidade com a alfabetização de adultos nas favelas da cidade, como voluntário de um programa federal. Em 1994, começou por conta própria a trabalhar com crianças.
O sucesso do Pratham e sua adoção em larga escala transformaram Chavan em personalidade. Ele já foi âncora de programa de televisão e se tornou interlocutor do governo no desenho de políticas públicas. Criou um respeitado Relatório Anual sobre o Estado da Educação, também feito de forma colaborativa, por milhares de voluntários que trabalham como `recenseadores`, batendo de porta em porta para coletar dados. E expandiu a área de atuação da ONG para outros níveis de ensino. `Queremos ampliar nossa atuação no ensino secundário, com foco em jovens que abandonam a escola`, disse.

Mercadante pede urgência para projeto de reajuste de salário de docentes

FLÁVIA FOREQUE - Folha de São Paulo - 13/11/2012 - São Paulo, SP
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) cobrou empenho dos deputados federais para aprovação de projeto de lei que prevê reajuste salarial para os professores e servidores de instituições federais do país.
A proposta do governo, que prevê aumentos entre 25% e 40% para os docentes, foi encaminhada ao Congresso em agosto, após três meses de paralisação dos servidores --a maior greve da categoria até então.
Se esse projeto de lei não for aprovado, o governo não pode pagar o reajuste que foi acordado com os professores e com os servidores universitários. E para nós é fundamental cumprir o acordo`, disse Mercadante após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.
`Da outra vez o Congresso não votou e o governo teve que editar uma medida provisória`, lembrou o ministro. A demora na aprovação do reajuste anterior foi justamente o motivo que incentivou os docentes a iniciarem a greve.
KIT ANTI-HOMOFOBIA
Durante a audiência, Mercadante foi questionado sobre a necessidade de discussão em sala de aula sobre temas como a homossexualidade, mas fez ressalvas ao kit anti-homofobia, proposta na gestão de seu antecessor, Fernando Haddad (PT).
`Houve uma ausência muito grande do Estado [em definir o currículo escolar] e esse espaço foi ocupado por setores da sociedade que promovem exatamente a intolerância`, argumentou o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
O ministro voltou a fazer ressalvas ao kit anti-homofobia: `Não é um tema simples (...) Se eu acreditasse que a última iniciativa do MEC ajudaria, seguramente eu estaria impulsionando. Mas longe de ajudar, [o kit] gerou tensionamento

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa receberá mais R$ 600 milhões

Heloisa Cristaldo - Agência Brasil - 13/11/2012- - Brasília, DF
O governo federal vai investir mais R$ 600 milhões no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff. Com o reajuste, serão aplicados no programa R$ 3,3 bilhões em dois anos, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. A meta do programa é alfabetizar crianças com até 8 anos, ao final do terceiro ano do ensino fundamental.
A presidenta Dilma Rousseff havia anunciado ontem, no programa de rádio Café com a Presidenta, reajuste de R$ 50 nos valores que serão pagos aos 360 mil professores alfabetizadores. A partir de agora, o valor será R$ 200 para que professores participarem do curso de formação. A bolsa dos 18 mil professores orientadores foi reajustada em R$ 15 reais e ficará em R$ 765 por mês. Trinta e seis universidades públicas vão preparar cursos de 200 horas para uniformizar procedimentos educacionais em todo o país.
Para a presidenta, o programa terá impacto nos índices de desigualdade e exclusão no país. “O Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o aprendizado adequado para continuar estudando e, lá na frente, usar todas as oportunidades que encontrar para progredir na vida.”

MEC vai distribuir ajuda mensal de R$ 200 para alfabetizadores

Da Redação - Terra Educação - 13/11/2012 - São Paulo, SP
O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou nesta terça-feira que o governo federal pretende implantar um pacto com as prefeituras para distribuir uma ajuda de custo mensal de R$ 200 para os alfabetizadores e coordenadores dessa área. As informações são da Agência Câmara de Notícias.
Durante reunião com deputados nesta tarde, Mercadante disse que a iniciativa conta com o apoio de 36 universidades de todo o País. `Nosso objetivo é estimular a meritocracia nas escolas. Para isso, vamos distribuir 3,3 milhões de bolsas de estudos e R$ 500 milhões para as escolas`.
Ele ainda afirmou que está discutindo várias linhas de atuação com as secretarias estaduais de Educação para reforçar o ensino médio e torná-lo mais interessante para os jovens. Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é a grande expectativa dos estudantes, o ministro informou que as escolas serão cobradas para promover uma mudança curricular para tornar o aprendizado mais eficiente.
Segundo Mercadante, o ministério está estudando a distribuição de tablets para os professores contendo todo o material didático. `Vamos levar a internet para a sala de aula e, para isso, contaremos com o apoio do governo dos Estados e municípios`, disse. O objetivo é melhorar o conhecimento dos professores, acrescentou.